É necessário diálogo e acordo com os proprietários dos terrenos a expropriar na variante às Capelas, defende Vasco Cordeiro
Vasco Cordeiro comprometeu-se, esta semana, em reavaliar, caso ainda seja possível, após as eleições legislativas regionais de 4 de fevereiro, o processo de expropriação dos terrenos para a construção da ‘Variante às Capelas’, “num processo transparente para todos os envolvidos”.
O Presidente do PS/Açores e candidato a Presidente do Governo Regional, intervinha no âmbito de uma sessão de esclarecimento com dezenas de agricultores micaelenses, proprietários de terrenos a expropriar.
“Este é um processo que foi marcado desde o seu início pela falta de transparência, de diálogo e de articulação com os proprietários desses terrenos que se sentem lesados, injustiçados e colocados à margem de todo o processo”, ressalvou o líder socialista, para defender que caso o PS mereça a confiança dos Açorianos nas próximas eleições legislativas regionais “é importante reavaliar, caso ainda seja possível, este processo, no sentido de estabelecer um valor acordado entre ambas as partes para os terrenos a expropriar, bem como as adequadas acessibilidades e delimitações aos terrenos afetados”.
Lamentando que os agricultores tenham sido notificados durante a época festiva do Natal, Vasco Cordeiro reforçou a necessidade de reavaliar “o valor atribuído por igual a todas as parcelas, tendo em conta as condições específicas de cada terreno”.
Segundo relembrou ainda o Presidente do PS/A, com estas expropriações podem ficar em causa os acessos a muitas explorações agrícolas, o que representa mais um constrangimento para o setor num período particularmente já difícil.
Nesse sentido, Vasco Cordeiro defendeu que este processo “não seja prejudicial aos agricultores e que a forma como foi conduzido não gere mais revolta e injustiça”, defendendo que em processos complexos desta natureza deva ser assegurado “o diálogo e a transparência”, por forma a que “não seja posta em causa uma atividade fundamental para as nossas comunidades rurais como é o caso da agricultura”.